segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Contestados métodos de fertilização



Tanto a inseminação artificial como a administração de citrato de clomifeno não aumentam as possibilidades de concepção dos casais inférteis devido a causas desconhecidas, segundo estudos de cientistas britânicos publicados na revista British Medical Journal (BMJ).

A constatação foi feita por cientistas da University of Aberdeen (Escócia) e da University of Oxford (Inglaterra) ao analisarem 580 casais com diagnóstico de infertilidade há mais de dois anos, e cujos exames apresentavam funcionamento aparentemente normal da ovulação e das trompas de Falópio, na mulher, e esperma com mobilidade, no homem.

As 580 mulheres, escolhidas aleatoriamente, foram divididas em três grupos: 193 tentaram engravidar pelo método natural, 194 receberam terapêutica com citrato de clomifeno e as outras 193 foram submetidas a inseminação artificial. Nestes grupos, as idades, o índice de massa corporal, a duração da infertilidade e a concentração e mobilidade do esperma foram semelhantes.

Ao final do estudo nasceram 101 crianças, 32 (17 por cento) dos casais que utilizaram concepção natural, 26 (14 cento) decorrente do tratamento com citrato de clomifeno e 43 (23 por cento) das mulheres que foram submetidas a inseminação artificial.

Apesar de no grupo da inseminação artificial ter havido um maior número de gestações, os investigadores não consideram a diferença suficiente para justificar este tratamento médico.

No grupo do citrato de clomifeno houve um maior risco de gestação múltipla e entre 10 por cento a 20 por cento das mulheres sofreram dor abdominal, inflamação, dificuldade em respirar, náuseas ou dor de cabeça.

Os investigadores concluem que estes tratamentos não oferecem êxito superior, comparado ao da concepção natural.

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